GEOGRAFIA: Limites e pontos extremos do Rio Grande do Sul

Limites

Norte: Estado de Santa Catarina (958 km) 

Oeste: Argentina (724 km) 

Sul: Uruguai (1.003 km) 

Leste: Oceano Atlântico (622 km, a maior área litorânea da Região Sul, estendendo-se desde o Chuí [extremo sul] até a Foz do Rio Mampituba [limite entre RS e SC]).

Pontos Extremos

Norte: Volta Grande (Alpestre)

Oeste: Ilha Brasileira (Barra do Quaraí)

Sul: Barra do Chuí (Santa Vitória do Palmar)

Leste: Foz do Rio Mampituba – Praia dos Molhes (Torres)

Centro geográfico: Santa Maria 

Distâncias entre os pontos extremos: 761,8 km (norte-sul); 770,8 km (leste-oeste)

GEOGRAFIA: Contexto na Região Sul do Brasil

Faz parte da Região Sul do Brasil, fazendo divisa com Santa Catarina e fronteiras com dois países (Uruguai e Argentina). É banhado pelo Oceano Atlântico em uma costa praticamente toda contínua e retilínea de 622 km de extensão e possui um complexo de Lagoas que estão entre as maiores do Brasil (Lagoa Mirim e Lagoa Mangueira, além de possui uma das maiores lagunas do mundo, a Laguna dos Patos, que apresenta água salobra). O Rio Grande do Sul posiciona-se geograficamente na parte mais meridional do Brasil (extremo sul), integrando-se com os outros dois Estados da Região Sul, Santa Catarina e Paraná. Há, nestes estados, grande influência do Rio Grande do Sul, com grande deslocamento de turistas, nas temporadas de verão, e, migrantes, na chamada “Expansão Agrícola”, em busca de terras mais baratas.

Estes três estados formam uma região de notável atividade agropecuária e possuem clima temperado.

O Paraná, com quase 200 mil km² de superfície, é um estado de múltiplas paisagens, desde um litoral recortado, de 98 km de extensão, passando pela capital, Curitiba, a mais populosa cidade da Região Sul, com quase 2 milhões de habitantes, até Foz do Iguaçu, que junto com o Paraguai e a Argentina, forma a Tríplice Fronteira, além de ter as famosas Cataratas. São 399 municípios, alguns de destaque como Ponta Grossa, Guarapuava, Paranaguá, Londrina, Maringá, e Cascavel.

Outro estado de paisagens diversas é Santa Catarina, com mais de 95 mil km², 295 municípios e mais de 7 milhões de habitantes. Apresenta diversos territórios culturais, como os alemães no Vale do Itajaí, os descendentes de açorianos em Florianópolis, a capital, e no leste e sul do estado, e os gaúchos, em Lages, Chapecó, entre outros. Blumenau, Joinville, Criciúma, Itajaí, Brusque e Balneário Camboriú (que em 2025 é uma das praias mais movimentadas do país) são mais algumas cidades catarinenses importantes. A “Ilha da Magia”, onde fica Florianópolis, tem 42 belas praias, morros, lagoas e muitas paisagens.

E claro, o Rio Grande do Sul, estado que vamos estudar nesta publicação, seu panorama e características. Tentaremos levar um grande manancial de dados e conhecimento sobre um das divisões administrativas mais influentes e conhecidas do Brasil.

GEOGRAFIA: Apresentação do Rio Grande do Sul

 

A área do Estado Brasileiro do Rio Grande do Sul é de 282.062 km² (cerca de pouco mais que 3% de todo território nacional, equivalente ao do Equador) e com fuso horário -3 horas em relação à hora mundial GMT. Todo o seu território está abaixo do Trópico de Capricórnio, formando um clima temperado.

Faz parte da região Sul do Brasil, fazendo divisa com Santa Catarina (norte) e fronteira com dois países (Uruguai ao sul e Argentina a Oeste). É banhado pelo Oceano Atlântico e possui um dos maiores complexos de lagoas e lagunas do mundo, formado pela Laguna dos Patos, Lagoa Mirim, Lagoa Mangueira e outros.

É o sexto estado mais populoso do Brasil, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná. Sua população constitui cerca de 6% do número de habitantes do país.

Apresenta sete mesorregiões: Metropolitana de Porto Alegre, Sudeste Rio-grandense, Sudoeste Rio-grandense, Centro Ocidental Rio-grandense, Centro Oriental Rio-grandense, Noroeste Rio-grandense e Nordeste Rio-grandense, além de 35 Microrregiões, com, ao todo, 497 municípios – o número em questão é resultado do grande número de emancipações entre as décadas de 1980 e 1990, um movimento municipalista muito forte, mas bastante reduzido após à virada para o ano 2000, quando foram colocadas, por parte da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, restrições para o surgimento de novos municípios, evitando um  aumento ainda maior de gastos públicos. Segundo o Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul, em 1966 o Estado Gaúcho tinha 232. Nos anos 1990, ocorreram 164 emancipações.

Originalmente, os quatro municípios gaúchos, a partir do estabelecimento da chamada Província de São Pedro são Porto Alegre, Santo Antônio da Patrulha, Rio Grande e Rio Pardo. Por conta das divisões de terras por sesmarias e núcleos açorianos, o Rio Grande do Sul começou a ter um intenso processo de divisão territorial em áreas administrativas, entre 1820 e 2000.

Possui uma diversidade de sistemas de relevo, com um planalto localizado ao norte, depressão no centro e planícies ao sul e na costa. O ponto culminante do estado é o Pico do Monte Negro, em São José dos Ausentes, na região dos Campos de Cima da Serra, com 1.410 metros de altitude.

O relevo é constituído por uma extensa baixada (o Pampa), dominada ao norte por um planalto (o Planalto Meridional). Os rios principais são o Uruguai, Taquari, Ijuí, Jacuí, Ibicuí, Pelotas, Camaquã, Sinos e Caí.

Sua capital é Porto Alegre, fundada oficialmente em 26 de março de 1772, mas colonizada 30 anos antes. Caxias do Sul, Canoas, Pelotas, Santa Maria, Gravataí, Viamão, São Leopoldo, Passo Fundo e Rio Grande são outros dos principais centros urbanos do Estado.

O clima gaúcho é o subtropical úmido, sujeito a períodos esporádicos de estiagem ou de enchente, como as ocorridas em maio de 2024, considerada uma das maiores tragédias climáticas da História do Brasil.

A economia do Estado é baseada na pecuária, na agricultura (sobretudo soja, trigo, arroz e milho) e na indústria (de couro e calçados, alimentos, têxtil, madeira, metalúrgica e química). O Turismo, sobretudo na Serra, Porto Alegre, Litoral e Missões, é uma atividade crescente.

Em 1627, foram criadas missões próximas ao Rio Uruguai pelos jesuítas espanhóis, que foram expulsos pelos portugueses em 1680, quando houve a invasão do domínio espanhol, fundando a Colônia de Sacramento. Em 1687, foram estabelecidos pelos portugueses os Sete Povos das Missões. Em 1737, uma expedição militar portuguesa tomou posse da Lagoa Mirim. Em 1742, foi fundada a vila de Porto dos Casais (atual Porto Alegre). As lutas pela posse do território entre portugueses e espanhóis tiveram fim em 1801, quando houve a incorporação dos Sete Povos das Missões pelos próprios gaúchos. Em 1807, o RS foi elevado à categoria de Capitania. Em 1824, se deu início a colonização europeia. A sociedade estancieira existiu junto com a pequena propriedade agrícola, ocorrendo assim a diversificação da produção.

Durante o século XIX, o RS foi palco da Guerra dos Farrapos (1835-45). Ocorreram acirradas disputas locais no início do Período Republicano, sendo o Estado pacificado apenas após 1928 (no Governo de Getúlio Vargas).

O RS é detentor do quarto maior PIB do Brasil (R$ 193,500 bilhões) sendo superado apenas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais; grande parte da população é formada por descendentes de portugueses, alemães, italianos, africanos e indígenas.

A economia gaúcha foi baseada na pecuária bovina instalada no Sul do Brasil no século XVII, através das missões jesuíticas, expandindo-se depois para as outras regiões gaúchas pelos setores comercial e industrial. 

Apresenta um grande modal rodoferrovário, hidroviário e aeroviário, com uma grande rede de rodovias – que conectam o Rio Grande do Sul com o Mercosul e o Centro do País -, ferrovias e vários aeroportos – entre eles o Aeroporto Internacional Salgado Filho -, e um dos melhores sistemas de navegação do Brasil – hidrovias do Rio Jacuí e afluentes, Lago Guaíba, Laguna dos Patos e Canal do Rio Grande.

A sigla é RS e o natural ou habitante do Rio Grande do Sul é denominado gaúcho. Também se refere ao Estado a expressão “Sul-Rio-grandense”.